Leonardo da Vinci
(1452-1519) era filho ilegítimo de uma camponesa chamada Caterina e um
tabelião de nome Piero. Como não tinha sobrenome paterno, Leonardo acabou
adotando o Vinci – referência a localidade de Vinci. Nasceu na Itália no dia 15 de
abril, no calendário juliano, ou no dia 25 de abril, no calendário gregoriano. Não há certeza sobre o local de seu
nascimento. Alguns pesquisadores afirmam que Leonardo nasceu na cidade de
Vinci, que fica na região da Toscana, na Itália, mas, a maioria deles, acredita
que ele nasceu em um vilarejo próximo à cidade. Era canhoto e vegetariano. São apenas algumas das curiosidades sobre Leonardo, que é
considerado um dos maiores gênios que a humanidade conheceu.
O autor de
obras famosas, como Ultima Ceia, Virgem dos Rochedos e Mona Lisa (foto), deixou centenas de ideias e estudos científicos escondidas em cadernos de anotações. Foi
pintor, escultor, arquiteto, botânico, músico, engenheiro, cientista e geólogo,
além de ter estudado anatomia, óptica e perspectiva. Foi pintor, escultor,
arquiteto, botânico, músico, engenheiro, cientista e geólogo, além de ter
estudado anatomia, óptica e perspectiva. Seu QI foi estimado entre 180 e 220.
Um índice acima de 141 pontos já indica genialidade. Foi aluno de duas grandes
personalidades da Renascença: Lorenzo de Médici e Andrea del Verrocchio.
Com 16 anos de
idade, Leonardo ingressou no ateliê de Andrea Verrocchio, onde se tornou
aprendiz de pintor e escultor. Dizem que, surpreendido pelo gênio de Da Vinci,
Verrocchio prometeu que nunca mais voltaria a pintar – promessa que,
felizmente, não foi cumprida. Aos 20 anos, afiliou-se a
Corporação dos Pintores de Florença, onde recebeu encomendas e conheceu algumas
das mais importantes personalidades de seu tempo. Mais tarde, mudou-se para
Milão, onde passou a trabalhar para o duque Ludovico Sforza.
Leonardo da Vinci
jamais frequentou uma universidade. Por isso, era desprezado nas rodas
intelectuais de Florença, na época do Renascimento. Mesmo assim, ficou famoso
com seus quadros "Mona Lisa" e "A Última Ceia".
Até
o Renascimento, ninguém pensava em urbanismo. As cidades não passavam de
amontoados de casas. No projeto urbanístico que fez para a cidade de Milão
baniu muros, traçou canais e um sistema de abastecimento de água e esgotos. As
casas eram amplas e ventiladas e haveria praças e jardins. Nesse período estuda
perspectiva, óptica, proporções e anatomia. Foi descoberto dissecando cadáveres
o que era considerado grave crime. Graças às suas dissecações fez descobertas
importantes que registrou em inúmeros desenhos e no Tratado de Anatomia que
escreveu.
A Última Ceia |
De
volta a Florença, pinta a tela "Mona Lisa" (1503-1507), sua obra mais
famosa. Vive em Roma entre 1513 e 1517, onde se envolve em intrigas do Vaticano
e decide se juntar à Corte do rei francês Francisco I. Nos estudos científicos,
antecipa muitas descobertas modernas, como o helicóptero e o paraquedas. Em
Trattato della Pittura, Leonardo defende a supremacia da pintura sobre todas as
outras artes, por ser a única indispensável à exploração científica da
natureza.
O afresco A Última Ceia – que mostra Jesus
reunido com seus apóstolos, encontra-se no convento de Santa Maria delle
Grazie, em Milão. Como Leonardo usou uma técnica diferente da comumente usada
em afrescos, a pintura começou a descascar pouquíssimo tempo depois de pintada. Enquanto alguns especialistas afirmam que A
Última Ceia ficou pronta em três anos, outros apostam em quatro. Mas o fato é
que ela recebeu inúmeros retoques ao longo dos 20 anos seguintes.
Da Vinci conheceu diversos intelectuais e
artistas, entre os quais Rafael e Michelangelo. Consta que ele e Michelangelo
não se bicavam. Além de Florença e Milão, Leonardo ainda
moraria em Veneza e Roma, mas acabou falecendo na França.
Não existem provas conclusivas, mas alguns
indícios apontam que Leonardo da Vinci era gay. Um desses indícios é um
processo que o acusava de, juntamente com outros três homens, manter relações
homoafetivas com um rapaz de 17 anos que posava como modelo num dos ateliês em
que trabalhou. Da Vinci deixou mais de 13 mil anotações,
sobre assuntos como anatomia, mecânica, arte, engenharia, botânica e urbanismo.
Infelizmente, apenas 6 mil sobreviveram até os dias atuais.
Ele tinha o hábito
de fazer suas anotações da direita para a esquerda. Também costumava comprar
pássaros engaiolados só para soltá-los.
Monalisa |
Em cerca de 6 mil páginas
manuscritas que permaneceram inéditas até a sua morte, há a mais fantástica
coleção de invenções e soluções de engenharia já imaginadas por um único homem:
esboços de helicópteros, submarinos, para-quedas, veículos e embarcações
automotoras, máquinas voadoras, projetos minuciosos de tornos, máquinas
perfuratrizes, turbinas, teares, máquinas hidráulicas para limpeza e dragagem
de canais, canhões, metralhadoras, espingardas, bombas, carros de combate,
pontes móveis. Muitos anos depois de sua morte, foi descoberto o projeto de uma
bicicleta muitíssimo superior, em termos de solução de engenharia, às primeiras
que seriam fabricadas por volta de 1817. O sistema proposto por Leonardo
tinha o pedal ligado a uma roda dentada, que transmitia força à roda traseira
por meio de uma correia. A ideia seria adotada no começo do século XX. Sua
bicicleta jamais foi construída em seu tempo. O mesmo aconteceu com todos os
seus outros inventos, avançados demais para as possibilidades técnicas da
época. Da Vinci fez o primeiro projeto de uma bicicleta da história. Desenhou
um velocípede com transmissão por corrente, que só virou realidade 400 anos
depois, em 1885. Também projetou esboços de helicópteros, pára-quedas,
submarinos, diversos tipos de máquinas e metralhadoras, entre outras invenções
somente concretizadas centenas de anos após sua morte.
Ainda hoje, há quem
acredite que Mona Lisa não é o retrato Lisa Gherardini (a “monna” Lisa), mas um
auto-retrato com feições femininas. Muitos simbolistas
acreditam na existência de mensagens ocultas em suas obras, tese explorada à
exaustão pelo escritor Dan Brown em seu livro O Código Da Vinci.
Leonardo da Vinci passou seus últimos dias na França, e ali morreu, no
dia 2 de maio de 1519, em Clos Lucé. Foi enterrado na Capela de Saint-Hubert,
no Castelo de Amboise.
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