segunda-feira, 2 de maio de 2016

Leonardo da Vinci (1452 - 1519)

Leonardo da Vinci (1452-1519) era filho ilegítimo de uma camponesa chamada Caterina e um tabelião de nome Piero. Como não tinha sobrenome paterno, Leonardo acabou adotando o Vinci – referência a localidade de Vinci. Nasceu na Itália no dia 15 de abril, no calendário juliano, ou no dia 25 de abril, no calendário gregoriano.  Não há certeza sobre o local de seu nascimento. Alguns pesquisadores afirmam que Leonardo nasceu na cidade de Vinci, que fica na região da Toscana, na Itália, mas, a maioria deles, acredita que ele nasceu em um vilarejo próximo à cidade. Era canhoto e vegetariano. São apenas algumas das curiosidades sobre Leonardo, que é considerado um dos maiores gênios que a humanidade conheceu.
O autor de obras famosas, como Ultima Ceia, Virgem dos Rochedos e Mona Lisa (foto), deixou centenas de ideias e estudos científicos escondidas em cadernos de anotações. Foi pintor, escultor, arquiteto, botânico, músico, engenheiro, cientista e geólogo, além de ter estudado anatomia, óptica e perspectiva. Foi pintor, escultor, arquiteto, botânico, músico, engenheiro, cientista e geólogo, além de ter estudado anatomia, óptica e perspectiva. Seu QI foi estimado entre 180 e 220. Um índice acima de 141 pontos já indica genialidade. Foi aluno de duas grandes personalidades da Renascença: Lorenzo de Médici e Andrea del Verrocchio.
Com 16 anos de idade, Leonardo ingressou no ateliê de Andrea Verrocchio, onde se tornou aprendiz de pintor e escultor. Dizem que, surpreendido pelo gênio de Da Vinci, Verrocchio prometeu que nunca mais voltaria a pintar – promessa que, felizmente, não foi cumprida. Aos 20 anos, afiliou-se a Corporação dos Pintores de Florença, onde recebeu encomendas e conheceu algumas das mais importantes personalidades de seu tempo. Mais tarde, mudou-se para Milão, onde passou a trabalhar para o duque Ludovico Sforza. Leonardo da Vinci jamais frequentou uma universidade. Por isso, era desprezado nas rodas intelectuais de Florença, na época do Renascimento. Mesmo assim, ficou famoso com seus quadros "Mona Lisa" e "A Última Ceia".
Até o Renascimento, ninguém pensava em urbanismo. As cidades não passavam de amontoados de casas. No projeto urbanístico que fez para a cidade de Milão baniu muros, traçou canais e um sistema de abastecimento de água e esgotos. As casas eram amplas e ventiladas e haveria praças e jardins. Nesse período estuda perspectiva, óptica, proporções e anatomia. Foi descoberto dissecando cadáveres o que era considerado grave crime. Graças às suas dissecações fez descobertas importantes que registrou em inúmeros desenhos e no Tratado de Anatomia que escreveu.
A Última Ceia
De volta a Florença, pinta a tela "Mona Lisa" (1503-1507), sua obra mais famosa. Vive em Roma entre 1513 e 1517, onde se envolve em intrigas do Vaticano e decide se juntar à Corte do rei francês Francisco I. Nos estudos científicos, antecipa muitas descobertas modernas, como o helicóptero e o paraquedas. Em Trattato della Pittura, Leonardo defende a supremacia da pintura sobre todas as outras artes, por ser a única indispensável à exploração científica da natureza. 
O afresco A Última Ceia – que mostra Jesus reunido com seus apóstolos, encontra-se no convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão. Como Leonardo usou uma técnica diferente da comumente usada em afrescos, a pintura começou a descascar pouquíssimo tempo depois de pintada. Enquanto alguns especialistas afirmam que A Última Ceia ficou pronta em três anos, outros apostam em quatro. Mas o fato é que ela recebeu inúmeros retoques ao longo dos 20 anos seguintes.
Da Vinci conheceu diversos intelectuais e artistas, entre os quais Rafael e Michelangelo. Consta que ele e Michelangelo não se bicavam. Além de Florença e Milão, Leonardo ainda moraria em Veneza e Roma, mas acabou falecendo na França.
Não existem provas conclusivas, mas alguns indícios apontam que Leonardo da Vinci era gay. Um desses indícios é um processo que o acusava de, juntamente com outros três homens, manter relações homoafetivas com um rapaz de 17 anos que posava como modelo num dos ateliês em que trabalhou. Da Vinci deixou mais de 13 mil anotações, sobre assuntos como anatomia, mecânica, arte, engenharia, botânica e urbanismo. Infelizmente, apenas 6 mil sobreviveram até os dias atuais. Ele tinha o hábito de fazer suas anotações da direita para a esquerda. Também costumava comprar pássaros engaiolados só para soltá-los.
Monalisa
Em cerca de 6 mil páginas manuscritas que permaneceram inéditas até a sua morte, há a mais fantástica coleção de invenções e soluções de engenharia já imaginadas por um único homem: esboços de helicópteros, submarinos, para-quedas, veículos e embarcações automotoras, máquinas voadoras, projetos minuciosos de tornos, máquinas perfuratrizes, turbinas, teares, máquinas hidráulicas para limpeza e dragagem de canais, canhões, metralhadoras, espingardas, bombas, carros de combate, pontes móveis. Muitos anos depois de sua morte, foi descoberto o projeto de uma bicicleta muitíssimo superior, em termos de solução de engenharia, às primeiras que seriam fabricadas por volta de 1817. O sistema proposto por Leonardo tinha o pedal ligado a uma roda dentada, que transmitia força à roda traseira por meio de uma correia. A ideia seria adotada no começo do século XX. Sua bicicleta jamais foi construída em seu tempo. O mesmo aconteceu com todos os seus outros inventos, avançados demais para as possibilidades técnicas da época. Da Vinci fez o primeiro projeto de uma bicicleta da história. Desenhou um velocípede com transmissão por corrente, que só virou realidade 400 anos depois, em 1885. Também projetou esboços de helicópteros, pára-quedas, submarinos, diversos tipos de máquinas e metralhadoras, entre outras invenções somente concretizadas centenas de anos após sua morte.
Ainda hoje, há quem acredite que Mona Lisa não é o retrato Lisa Gherardini (a “monna” Lisa), mas um auto-retrato com feições femininas. Muitos simbolistas acreditam na existência de mensagens ocultas em suas obras, tese explorada à exaustão pelo escritor Dan Brown em seu livro O Código Da Vinci. Leonardo da Vinci passou seus últimos dias na França, e ali morreu, no dia 2 de maio de 1519, em Clos Lucé. Foi enterrado na Capela de Saint-Hubert, no Castelo de Amboise. 

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