Gilberto Freyre (1900-1987) foi um sociólogo,
historiador e ensaísta brasileiro. Autor de "Casa Grande &
Senzala" que é considerada, uma das obras mais representativa sobre a
formação da sociedade brasileira. Recebeu o Prêmio Internacional La Madonnina,
o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, a Grã-cruz de
Santiago de Compostela, entre outros. Gilberto de Mello Freyre (1900-1987)
nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 15 de março de 1900. Filho do professor
Alfredo Freyre e de Francisca de Melo Freyre. Teve como professor particular o
inglês Williams. Com o pai, aprendeu latim e português. Estudou no Colégio
Americano Batista, no Recife, onde se bacharelou em Letras, sendo o orador da
turma. Aos 17 anos, foi para os Estados Unidos como bolsista, fixando-se no
Texas, onde ingressou na Universidade de Baylor. Estudou artes liberais no
nível de graduação e especializou-se em política e sociologia.
Fez sua pós-graduação, na Universidade de Colúmbia, Nova
Iorque, obtendo o grau de mestre com o trabalho "Vida Social no Brasil em
Meados do século XIX", orientado pelo antropólogo Franz Boas, radicado nos
Estados Unidos, de quem recebeu grande influência intelectual. Viajou para a
Europa, visitando vários países, completando sua formação acadêmica. No período
que ficou no exterior, escrevia artigos para o jornal Diário de Pernambuco,
sobre livros e temas diversos. O hábito de escrever em jornais perdurou pela
vida toda. De volta ao Recife, se integrou a sociedade local, despertando
grande interesse pelos problemas regionais. Organizou para o Diário de
Pernambuco, o "Livro do Nordeste", com a colaboração de diversas
personalidades, com textos de história, literatura, artes e tradições
regionais.
Em 1926, no governo de Estácio Coimbra, foi nomeado
secretário particular e encarregado do jornal oficioso A Província. Foi
professor de Sociologia da Escola Normal. Pela primeira vez se ministrava
regularmente essa disciplina numa escola no Brasil. Com a Revolução de 30,
acompanhou o governador ao exílio, em Portugal e depois viajou pela Europa e
Estados Unidos, ministrando aulas, como visitante, em diversas universidades.
De volta ao Recife, foi convidado pelo reitor da Universidade
do Distrito Federal, o educador baiano Anísio Teixeira, para lecionar
Sociologia. Tornou-se também técnico do serviço do Patrimônio Histórico
Nacional.
Entre 1933 e 1937 escreveu três livros voltados para o
problema da formação da sociedade patriarcal no Brasil: "Casa Grande &
Senzala", "Sobrados e Mucambos" e "Nordeste". Nesse
desenvolve teses geográficas, sendo considerado o pioneiro da ecologia.
Na década de 40, Gilberto entra em confronto com o Governador
Agamenon Magalhães, chegando a ser preso pela polícia da ditadura. Nas eleições
de 2 de dezembro de 1945, foi eleito à Assembleia Constituinte, participando da
elaboração da Constituição de 1946. Nela atuou nos setores ligados à ordem social
e à cultura, tendo depois reunido seus discursos no livro "Quase
Política".
Gilberto Freire permaneceu na Câmara e apresentou seu projeto
para criação do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, órgão que
deveria se dedicar ao estudo e à realização de pesquisas sobre as condições de
vida do trabalhador rural do Nordeste. Esse Instituto foi depois transformado
na "Fundação Joaquim Nabuco".
Em 1949, voltou ao Recife e de sua casa no bairro de
Apipucos, hoje Fundação Gilberto Freire, continuou a pesquisar, escrever e
participar de seminários. Realizou frequentes viagens a convite de diversas
instituições. Sua viagem à Índia e à África Portuguesa, resultou no livro
"Aventura e Rotina".
Gilberto Freyre ganhou diversos prêmios e condecorações no
Brasil e exterior. O Prêmio Anisfield-Wolf, USA, (1957), Prêmio Machado de
Assis, da Academia Brasileira de Letras (conjunto de obras, em 1962), Prêmio
Internacional La Madonnina, Itália (1969), "Sir - Cavaleiro Comandante do
Império Britânico", distinção conferida pela Rainha da Inglaterra, (1971)
Grã-cruz de D. Alfonso, El Sábio, Espanha, (1983). Gilberto de Mello Freyre
faleceu no Recife, Pernambuco, no dia 18 de julho de 1987.
Obras
de Gilberto Freyre
Casa
Grande & Senzala, 1933
Guia Prático, Heroico e Sentimental da Cidade do Recife, 1934
Sobrados e Mucambos, 1936
Nordeste: Aspectos da Influência da Cana, 1937
Açúcar, 1939
Olinda, 1939
O Mundo Que o Português Criou, 1940
A história de Um Engenho Francês no Brasil, 1941
Problemas Brasileiros de Antropologia, 1943
Sociologia, 1945
Interpretação do Brasil, 1947
Ingleses no Brasil, 1948
Aventura e Rotina, 1953
Ordem e Progresso, 1957
O Recife Sim, Recife Não, 1960
Os Escravos nos Anúncios de Jornais Brasileiros do séc. XIX, 1963
Vida Social no Brasil nos Meados do séc. XIX, 1964
Brasis, Brasil, e Brasília, 1968
O Brasileiro Entre os Outros Hispanos, 1975
Homens, Engenharias e Rumos Sociais, 1987
Guia Prático, Heroico e Sentimental da Cidade do Recife, 1934
Sobrados e Mucambos, 1936
Nordeste: Aspectos da Influência da Cana, 1937
Açúcar, 1939
Olinda, 1939
O Mundo Que o Português Criou, 1940
A história de Um Engenho Francês no Brasil, 1941
Problemas Brasileiros de Antropologia, 1943
Sociologia, 1945
Interpretação do Brasil, 1947
Ingleses no Brasil, 1948
Aventura e Rotina, 1953
Ordem e Progresso, 1957
O Recife Sim, Recife Não, 1960
Os Escravos nos Anúncios de Jornais Brasileiros do séc. XIX, 1963
Vida Social no Brasil nos Meados do séc. XIX, 1964
Brasis, Brasil, e Brasília, 1968
O Brasileiro Entre os Outros Hispanos, 1975
Homens, Engenharias e Rumos Sociais, 1987
Fonte: www.e-biografias.net/gilberto_freyre/
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