quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Adam Smith (1723-1790)

Adam Smith (1723-1790), filho de outro Adam Smith, advogado e fiscal da alfândega, e sua segunda mulher, Margarete Douglas, nasceu no dia 5 de junho de 1723 em Kirkcaldy, Escócia. Seu pai era fiscal da alfândega e sua mãe era filha de um proprietário de terras. Em sua época o Reino Unido (Inglaterra unida à Escócia desde 1707) vivia o período de grande atividade marítima que antecedeu a Revolução Industrial. Pouco se sabe sobre sua infância. Fez o curso secundário no Burgh School of Kirkcaldy e com 16 anos de idade foi estudar filosofia moral na Universidade de Glasgow. 
 Estudou Filosofia em Glasgow, na Universidade de Edimburgo e em 1740, ingressou no Balliol College da Universidade de Oxford. Radicado em Edimburgo, em 1748, deu cursos sobre ética e economia até ser nomeado professor de Lógica, na Universidade de Glasgow, em 1751. Um ano antes conheceu David Hume, importante filósofo do período que se tornou seu grande amigo. Em 1752 ssumiu a cátedra de Filosofia Moral e em 1759 publicou seu principal tratado, "Teoria dos Sentimentos Morais” Torna-se tutor do duque de Buccleuch e com ele viajou pela França e Suíça entre 1763 e 1766, onde teve contato com os fisiocratas, como Voltaire e François Quesnay.
Considerado o pai da economia moderna, é o mais importante teórico do liberalismo econômico do século XVIII. A principal teoria de Adam Smith baseava-se na ideia de que deveria haver total liberdade econômica para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a intervenção do Estado. 
A livre concorrência entre os empresários regularia o mercado, provocando a queda de preços e as inovações tecnológicas necessárias para melhorar a qualidade dos produtos e aumentar o ritmo de produção. Para Smith o Estado deveria ser o guardião da segurança pública, mantenedor da ordem e garantir da propriedade privada.
Também foi um critico da política da Inglaterra no que se referia a sua principal colônia na época, os Estados Unidos. Dizia que os altos impostos e o monopólio eram restrições que iriam acabar por criar ira nos americanos, fazendo com que os mesmos revoltassem-se contra a Inglaterra. A solução, segundo ele, seria acabar com estas medidas extremas de protecionismo e conceder uma participação política dos americanos em território inglês.
 As ideias de Adam Smith tiveram uma grande influência na burguesia europeia do século XVIII, pois atacavam a política econômica mercantilista promovida pelos reis absolutistas, além de contestar o regime de direitos feudais que ainda persistia em muitas regiões rurais da Europa. A teoria de Adam Smith foi de fundamental importância para o desenvolvimento do capitalismo nos séculos XIX e XX.
"Ao buscar seu próprio interesse, o indivíduo frequentemente promove o interesse da sociedade de maneira mais eficiente do que quando realmente tem a intenção de promovê-lo." Defendendo o valor do interesse individual para garantir o interesse público, Adam Smith criou, neste trecho de sua principal obra, “A Riqueza das Nações", publicada em 1776, o conceito de "mão invisível do mercado", fundamental para a doutrina do liberalismo.
 Nesta obra buscou diferenciar a economia política da ciência política, a ética e a jurisprudência. Fez também duras críticas a política mercantilista e sua intervenção irrestrita na economia. Porém, a teoria principal defendida por Adam Smith nesta obra é a de que o desenvolvimento e o bem estar de uma nação advém do crescimento econômico e da divisão do trabalho. Esta última, garante a redução dos custos de produção e a queda dos preços das mercadorias. Defende também a livre concorrência econômica e a acumulação de capital como fonte para o desenvolvimento econômico.
 De volta à Escócia abandonou a atividade acadêmica e alternou sua residência entre Kirkcaldy e Londres. Smith nunca se casou e pouco se sabe sobre sua vida pessoal. Após sua morte, em Edimburgo, Escócia, no dia 17 de julho de 1790, foi-se descoberto que boa parte de seus rendimentos foram destinados a obras secretas de caridade. Foi descrito por seus contemporâneos como um intelectual excêntrico porém benevolente.





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