quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

François Quesnay (1694 – 1774)

François Quesnay (1694 – 1774) nasceu na França, na localidade de Méré, próximo a Paris. Foi médico e economista fundador e principal líder da fisiocracia, a primeira escola francesa de economia, considerada a primeira escola sistemática de economia política e oposta ao mercantilismo.
Pertencia a uma família de pequenos proprietários, Estudou medicina  e iniciou a sua prática no ano de 1718, em Mantes-la-Ville. Exerceu sua profissão durante a maior parte de sua vida em Paris, inclusive tornando-se (1752) médico da corte do rei francês Luís XV onde se transformou numa pessoa influente. Entrou em contato com os pensadores do Iluminismo em Versalhes, especialmente no assunto economia, que considerava parte integrante da teoria social. Já vivendo no Palácio de Versalhes passou a se interessar por questões de economia. Em 1758 publicou a sua principal obra, Tableau Économique (Quadro Econômico).
Em sua época a França passava pela Reforma de Colbert, evento que marcou a unificação das cinco regiões que então passaram a formar o Estado francês. Neste período os franceses  lutavam contra a rival Inglaterra, país esse que estava em pleno processo de Revolução Industrial.
Sendo uma importante figura da escola dos fisiocratas e, portanto, contrário a intervenção do Estado na economia, Quesnay, defendeu o pensamento que a agricultura era a fonte de riquezas da nação, conceito contrário ao Mercantilismo inglês que primava pelo desenvolvimento da indústria e do comércio exterior. Como a França estava atrasada em relação à Inglaterra, sem possuir forte indústria, comércio exterior desenvolvido e uma frota marítima competitiva, o jeito era estruturar o Estado francês na agricultura.
Quesnay acreditava que somente a agricultura era criadora de riqueza, já que a indústria limitava-se a transformar a matéria. Assim, os indivíduos mais úteis à sociedade eram os grandes proprietários e os fazendeiros. Opunha-se às teorias mercantilistas, defendendo que os entraves à produção, circulação e consumo de gêneros deveriam ser suprimidos.  O melhor Estado era aquele que menos governava e este só se deveria interessar com a manutenção da ordem, da propriedade e da liberdade individual. As suas teorias seriam desenvolvidas pelos seus discípulos (Turgot, Gournay) e viriam a influenciar o pensamento de Adam SmithQuesnay acha que tem de haver liberdade econômica como diz na célebre frase: “Laissez-faire, laissez-passer, le monde va de lui-même” ou seja, deixar fazer, deixar passar, que o mundo vai por si mesmo. Cria a ideia de “oferta-procura”, isto é, quanto maior a procura do produto, menor é o seu preço. Contrariamente, quanto menor a procura, maior o preço. Se existir liberdade produz-se e consome-se o necessário, logo, há estabilidade do preço e equilíbrio. Morreu em Versalhes em 1774. 

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