John Locke (1632 - 1704) nasceu na cidade inglesa de Wrington no dia em 29 de agosto de 1632. filho de um pequeno proprietário de terras, estudou na escola de Westminster e em Oxford, que seria seu lar por mais de 30 anos. Os estudos tradicionais da universidade não o satisfaziam, mas aplicou-se. Foi admitido na Sociedade Real de Londres, a academia científica, em 1668, para estudar medicina: graduou-se seis anos depois, mas sem o título de doutor. Na Universidade de Oxford, uma das mais conceituadas instituições de ensino superior da Inglaterra foi também professor lecionando grego, filosofia e retórica.
Tornou-se
um dos principais pensadores de sua época e é considerado um dos líderes da
doutrina filosófica conhecida como empirismo e um dos ideólogos do liberalismo e do iluminismo. No ano de
1683, após a Revolução Gloriosa na Inglaterra, foi morar na Holanda, retornando
para a Inglaterra somente em 1688, após o restabelecimento do protestantismo.
Com a subida ao poder do rei William III de Orange, Locke foi nomeado ministro
do Comércio, em 1696. Ficou neste cargo até 1700, onde precisou sair por motivo
de doença.
A maior parte de sua obra se
caracteriza pela oposição ao autoritarismo, em todos os níveis: individual,
político e religioso. Acreditava em usar a razão para obter a verdade e
determinar a legitimidade das instituições sociais.
Quando
Locke escreveu os "Dois Tratados sobre o Governo", a sua principal
obra de filosofia política, tinha como objetivo contestar a doutrina do direito
divino dos reis e do absolutismo real.
Também
pretendia criar uma teoria que conciliasse a liberdade dos cidadãos com a
manutenção da ordem política. Para o pensador inglês, o que dá direito à
propriedade é o trabalho que se dedica a ela. E desde que isso não prejudique
alguém, fica assegurado o direito ao fruto do trabalho. Foram essas as bases da
ideia de uma sociedade sem a interferência governamental, um dos princípios
básicos do capitalismo liberal.
Para
John Locke a busca do conhecimento deveria ocorrer através de experiências e
não por deduções ou especulações. Desta forma, as experiências científicas
devem ser baseadas na observação do mundo. O empirismo filosófico descarta
também as explicações baseadas na fé.
Locke também afirmava que a mente de uma pessoa ao nascer era uma tábula rasa, ou seja, uma espécie de folha em branco. As experiências que esta pessoa passa pela vida é que vão formando seus conhecimentos e personalidade. Defendia também que todos os seres humanos nascem bons, iguais e independentes. Desta forma é a sociedade a responsável pela formação do indivíduo.
Locke também afirmava que a mente de uma pessoa ao nascer era uma tábula rasa, ou seja, uma espécie de folha em branco. As experiências que esta pessoa passa pela vida é que vão formando seus conhecimentos e personalidade. Defendia também que todos os seres humanos nascem bons, iguais e independentes. Desta forma é a sociedade a responsável pela formação do indivíduo.
Em relação a política Locke criticou a teoria do direito divino dos reis, formulada pelo teólogo e bispo francês Jacques Bossuet. Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na população. Embora admitisse a supremacia do Estado, Locke dizia que este deve respeitar as leis natural e civil. Locke também defendeu a separação da Igreja do Estado e a liberdade religiosa, recebendo por estas idéias forte oposição da Igreja Católica.
Para
Locke, o poder deveria ser dividido em três: Executivo, Legislativo e
Judiciário. De acordo com sua visão, o Poder Legislativo, por representar o povo, era o mais
importante. Curiosamente, embora defendesse que todos os homens fossem iguais,
foi um defensor da escravidão. Não relacionava a escravidão à raça, mas sim aos
vencidos na guerra. De acordo com Locke, os inimigos e capturados na guerra
poderiam ser mortos, mas como suas vidas são mantidas, devem trocar a liberdade
pela escravidão.
As principais
obras de John Locke foram
Cartas sobre a tolerância (1689); Dois Tratados sobre o governo (1689);Ensaio a
cerca do entendimento humano (1690); Pensamentos sobre a educação (1693). Em
sua obra, afirmou que a organização das leis e do Estado deve ser feita com o
objetivo de garantir o respeito aos direitos naturais. A garantia dos direitos
naturais do povo - a proteção da vida, da liberdade e da propriedade de todos -
é definida por ele como a única razão de ser de um governo. Se o governante não
respeita esses direitos, os governados podem derrubá-lo e substituí-lo por
outro mais competente.
Locke exerceu enorme influência
sobre todos os pensadores de seu tempo e foi uma das principais referências
teóricas para os líderes das revoluções que, a partir do final do século 18,
transformaram a sociedade ocidental. Faleceu em 28 de outubro de 1704, no condado de Essex
(Inglaterra). Nunca se casou ou teve filhos.
"Não se revolta um povo inteiro a não ser que a opressão seja geral."
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